Jair Bolsonaro utiliza a língua com frequência cada vez maior. Agora só falta aprender a usar o idioma. Nesta terça-feira, o presidenciável do PSL torturou o português para socorrer o general Hamilton Mourão, seu vice.
Na véspera, Mourão dissera: “Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem é oriunda do africano…”
E Bolsonaro: “O que é a indolência? É a capacidade de perdoar? Veja aí no dicionário. É a capacidade de perdoar? O índio perdoa. Não é isso?” Os dicionários anotam muitas acepções para o vocábulo “indolência”. Nenhuma delas delas se parece com perdão: ociosidade, preguiça, desleixo, negligência, apatia…
Quanto à malandragem, Bolsonaro encontrou um sinômino dicionarizado: esperteza. É a mesma coisa? É isso? Ôhhhh… Me chamam de malandro carioca o tempo todo.” O diabo é que, no contexto em que foi usada pelo vice-esperto, a palavra “malandragem” é sinônimo de vagabundagem.
O capitão disse ter conversado com seu vice sobre a polêmica. Aconselhou o general a adotar o principio da moderação. Bolsonaro apresentou-se como um modelo no qual Mourão pode se inspirar. Hummmmm…
Para azar de Mourão, de todas as extravagâncias praticadas por Bolsonaro a menos perceptível é o excesso de moderação. O general talvez tenha de procurar outra referência.
Por sorte, a herança ibérica inclui o português. O general e o capitão podem se desentender falando o mesmo idioma. Imagine se a dupla tivesse de se expressar em tupi-guarani!
Por Josias de Souza
2 comentários:
BECO OU GUETOS? ZONA ELEITORAL...
Brasil, uma nação ainda criança.
Embora de rica natureza e muito por aprender,
Continua órfã e abusada por tutores
Obcecados pelo poder e endemoniados pela ganância.
Onde no futuro o gigante adormecido despertaria o
Ufanismo exacerbado continua útil às disputas pelo poder.
Governos entram, governos saem e
Um grupo de privilegiados
Enriquece continuamente.
Triste, cruel e vergonhosa realidade:
O beco sem saída é para o povo e os sui generis guetos
Somente para a casta de privilegiados?
Zurros aqui e acolá,
Os eleitores não sabem quem botar lá!
Na dúvida, não seria melhor reeleger os menos corruptos?
Acreditar e votar em quem mais promete e sabe convencer?
Eleitores militantes
Lutam aos berros em defesa dos seus ídolos presos.
Eleitores vaquinhas de presépio
Idolatram seus velhos candidatos de sempre.
Todos os planos de governo realizarão todos os sonhos:
Os populistas conseguirão igualdades e a distribuição das
Riquezas suficientes para a felicidade geral da nação;
A ala fichas limpas e competentes: empregos, gestão e
Locação de recursos para a Saúde, Educação e Segurança...
Xô!
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