sábado, 2 de junho de 2018

Se a Petrobras não fosse, como é, monopolista do refino, haveria concorrência para formar preço; hoje, tem-se é uma ditadura



A gestão da Petrobras não poderá obedecer ao chamado mercado? Sim! Mas seria necessário que ela própria fosse, então, uma empresa de… mercado! Ou estaremos no pior dos mundos. E, creiam, o fato de ser empresa mista torna, então, a equação pior ainda.

Vejam. Tivéssemos uma multiplicidade de empresas de refino no país, ao fazer seu preço, cada uma delas desenharia as suas próprias estratégias para ganhar mercado — desde que não formassem cartel. Não seria a primeira vez que uma empresa privada absorveria um custo, diminuindo seu lucro ou mesmo arcando com prejuízo temporário, para ganhar consumidores.

Mas, ora vejam, inexiste essa liberdade. E, na prática, quando a Petrobras faz o seu preço, ela não o faz, ela o impõe, porque o consumidor não tem alternativa, não é mesmo? Ou tem?

Não faz sentido que, em nome do capitalismo, da livre concorrência e dos valores do mercado, a gente defenda que uma empresa monopolista defina o preço de um produto que, em caso de curto-circuito econômico-social, pode conduzir o país ao caos.

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