sexta-feira, 15 de junho de 2018

Resultado da votação sobre condução coercitiva foi vitória dos direitos fundamentais e, claro!, da coragem de Mendes, que não tem o alarido


Gilmar Mendes: ele teve a coragem de ir contra o berreiro e o alarido
para defender a Constituição e os direitos fundamentais

O resultado da votação no Supremo — 6 a 5 declarando a inconstitucionalidade da condução coercitiva — foi uma vitória da democracia e do Estado de Direito, em ações impetradas originalmente pela OAB e pelo PT. Mas foi também uma vitória, que eu ousaria chamar “moral”, do ministro Gilmar Mendes. Tenho a esperança de que estes tempos burros passem e que os sensatos reconheçam o quanto o regime de liberdades públicas deve à atuação do ministro. Foi ele quem teve a coragem de, em dezembro do ano passado, conceder uma liminar contra o abuso. E, como todos sabem, ele o fez na contramão do alarido, da gritaria, da baixaria que a extrema-direita promove nas redes sociais, que não fica nada a dever ao que de pior e mais asqueroso a esquerda produziu quando estava no poder. É igualmente burra, persecutória, ignorante, arrogante e delinquente. Mendes, como sempre e como é de seu hábito, comprou a briga contra os arruaceiros da institucionalidade. E sua tese — ou melhor: a Constituição — triunfou por 6 a 5.

Por Reinaldo Azevedo

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