sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Policiais ameaçam ‘relaxar’ segurança na Copa


Marcelo Justo/FolhaÉ grande a irritação de policiais e bombeiros com o cerco do Planalto à proposta de emenda constitucional que institui o piso salarial para as corporações. Em conversas com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o sindicalismo de farda fez um, digamos, aviso: sem aumento, não haverá policial que se anime a enfrentar black blocs nas ruas. “Eles dizem que não vão mais conter manifestações. Afirmam que estão sendo achincalhados e atingidos. Lembram que vem aí a Copa do Mundo.”

A PEC 300, como é chamada a proposta de emenda que acomoda na Constituição o piso de policiais e bombeiros, já foi aprovada na Câmara em primeiro turno. Antes de ser enviada ao Senado, os deputados precisariam aprová-la em segundo turno. E Henrique não tem a intenção de levar a encrenca à pauta. Além do Planalto, a grossa maioria dos governadores é contra a matéria.

Governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos manifestou-se por escrito. Anotou que a PEC 300 custaria às arcas do seu Estado algo como R$ 2 bilhões ao ano. A União estima que a despesa global será de R$ 42 bilhões. A corporação diz é lorota. E fala num espeto de quase R$ 13 bilhões.

Do modo como a emenda foi redigida, a União e os Estados teriam seis meses para negociar um valor nacional para o piso salarial de policiais e bombeiros. O problema, diz Henrique, é que “ninguém seguraria a pressão” depois que a emenda fosse aprovada.

Josias de Souza

Um comentário:

1,2,3, disse...

É tudo o que desejo, que parem mesmo, poid qwurm sabe nossas "autoridades" acordam pelo descalabro que as policias estão sofrendo pelo cerceamento de seus trabalhos, onde o malandro, o mascarados, o arruaçeiro tem toda cobertura.