sábado, 16 de novembro de 2013

O Ato e o Fato


OLHO DE VIDRO

Brasilino Neto
Em 2014 teremos eleições e devemos estar preparados para as escolhas que vamos fazer, pois temos hoje políticos que pouco se preocupam com os interesses do país e seu povo.

Temos vontade e necessidade férreas de mudanças fundamentais, pois como está demoraremos a alcançar os objetivos em sermos povo e nação fortes.

Desde já vemos propagandas partidárias e promessas vãs repetidas há décadas pelos mesmos políticos, mas que na prática pouco ou nada mudam.

É uma lição que deve já ser aprendida, ou muito mais, analisada, para fazermos melhor avaliação e escolha, pois somente desta assim conseguiremos as mudanças básicas, das quais todos poderão tirar proveitos.

A questão os dos juros, por exemplo, é a mais crucial delas.

Os bancos fazem o que quer, sufocando a população, a indústria e comércio com elevados juros, dificultando a produção e gerando o tristemente famoso “custo Brasil”, que impede a competitividade e as consequências que resulta, de modo que o empresário ache mais fácil e menos custoso importar.

A questão de crédito no Brasil é realmente escorchante na comparação com outros países que prestigiam a cadeia produtiva.

Vemos em debates políticos as sustentações de que uma das saídas para que o Brasil se estabilize é incrementar a exportação, pois isto traria mais dólares e geração de empregos, mas como fazer isto com custos nestes níveis ? A voracidade com que alcançam a cadeia produtiva, se não impedem ao menos a dificulta.

Isto nos traz à lembrança a estória do “Olho de Vidro”, que diz bem o quanto o banqueiro pouco se preocupa com as consequências do que lhe circunda, pois só interessa e tem em vista o lucro.

Diz a estória que um pai com o filho nos braços, com grave doença e dependia de imediata cirurgia, em desespero foi procurar um banqueiro para um empréstimo para que pudesse lhe salvar a vida.

O banqueiro atento à situação afirmou àquele pai que não tinha problema algum em arrumar o dinheiro para a operação do filho, porém precisava de garantias de bens e avalista o empréstimo, o que o pai não tinha, mas lhe assegurava que se salvasse a vida do filho, com certeza o pagaria. 

Nada feito disse o banqueiro, sem garantias é impossível !

Quando o pai desesperado e com o filho no colo deixava a sala do banqueiro este o chamou e disse: “Eu tenho um defeito físico e que ninguém jamais soube qual é, lhe dou meia hora para você me dizer qual é este defeito e se acertar eu não vou emprestar, mas dar o dinheiro que necessita para seu filho”.

De pronto o pai em desespero responde: “Seu olho direito é de vidro”.

O banqueiro ficou espantado e perguntou ao pai como havia descoberto isto, pois jamais ninguém soubera.

O pai então lhe responde: “Percebi que seu olho direito era de vidro, pois durante o tempo que lhe contava a grave situação da saúde e necessidade da cirurgia para salvar meu filho, a única coisa em que eu vi um sinal de emoção foi neste olho de vidro, pois olho de vidro de banqueiro se emociona o natural não”.

Reflitamos bem para as escolhas nas eleições vindouras, para que estórias assim jamais venham fazer parte de nosso cotidiano. Pensemos!

3 comentários:

Anônimo disse...

Lindo !

Prof. Ana Lúcia disse...

O texto do Brasilino é realmente interessante, uma vez que nos concita à reflexão sobre as escolhas que devemos fazer e ao mesmo tempo transmite uma emoção pessoal, que nos faz pensar nas questões simples que a vida nos coloca à disposição. Parabéns.

Anônimo disse...

Num momento conturbado da vida mundial, co guerras, terremotos, destruições, ataques infundamos e imedidos e especialmente do Brasil, com a bagunça politica da roubalheira, das prisões, ler matéria como está ainda nos dá a esperança de que podemos mudar alguma coisa. Está em nossas mãos.