ÉPOCA
O Vaticano anunciou [ontem], sábado 19, que levará à Justiça os autores do
vazamento de documentos reservados e cartas confidenciais enviadas ao papa Bento
XVI e a outras autoridades da Santa Sé.
O jornalista Gianluigi Nuzzi lançou [ontem], na Itália, o livro "Sua Santità"
(“Vossa Santidade”), com novos textos que revelam tramas e intrigas no
Vaticano.
Observadores consideram esse o maior vazamento de relatórios reservados do
papa.
Em nota, o Vaticano afirma que a ação viola direitos pessoais de privacidade
e liberdade de correspondência. "A nova publicação de documentos privados do
Santo Padre e da Santa Sé não é somente difamatória, mas assume claramente o
caráter de um ato criminoso", diz o escritório de imprensa vaticana.
O comunicado indica ainda que o Vaticano continuará investigando a violação
da privacidade do pontífice. "A Santa Sé dará os passos oportunos para que os
autores do roubo, da chantagem e da divulgação de notícias secretas, assim como
do uso comercial de documentos privados, ilegitimamente obtidos, respondam seus
atos na Justiça.”
O Vaticano não descarta, "se necessário", pedir a colaboração internacional
para investigar o incidente.
O livro "Sua Santità" compila uma centena de documentos reservados e cartas
confidenciais ao papa e a seu secretário sobre temas como o ETA, organização que
luta pela independência basca da Espanha, que anunciou ano passado o fim dos
atos de violência.
Os textos também tratam da cobertura que se deu no Vaticano ao fundador dos
Legionários de Cristo, o falecido sacerdote mexicano Marcial Maciel, afastado de
suas funções por Bento XVI devido à acusação de envolvimento com pedofilia.
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