O Ibope saiu esta semana com uma vantagem de 12 pontos de Dilma Rousseff(PT) sobre José Serra(PSDB) em Minas. Em uma semana, segundo os institutos de pesquisa, quase 2 milhões de mineiros mudaram o seu voto. Deve ser porque Lula e Dilma têm feito muito por Minas. Deve ser porque as casas do "Minha Casa, Minha Vida" são uma maravilha. Deve ser por isso.
Em fevereiro, Lula e Dilma inauguraram com muita festa e política um conjunto habitacional do "Minha Casa, Minha Vida", em Governador Valadares. Muito discurso, muito palanque, muito crime eleitoral. As casas não estavam prontas. Seis meses depois, ainda não estão prontas. Aliás, o conjunto habitacional está virando uma favela, com invasões, depredações, abandono total. É o "Minha Casa, Minha Vida "da Dilma. Vejam as fotos abaixo:
Hoje, o jornal O Estado de Minas faz uma reportagem impressionante. Leia o trecho abaixo:
Os operários correram contra o tempo para deixar as ruas lavadas, as últimas casas pintadas, o meio-fio branco com tinta à base de cal. O presidente Lula chegou com sua candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) a tiracolo, visitou um imóvel, posou para fotos, foi embora 20 minutos depois. E o que era para ser o início de um novo tempo para uma centena de famílias desabrigadas, em seis meses transformou-se em símbolo do descaso e do desperdício de dinheiro público.
Mais da metade (50) das 96 casas do programa Minha casa, minha vida, inauguradas em fevereiro por Lula e Dilma no Bairro Palmeiras, na periferia de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, ainda não foram entregues a moradores e viraram alvo de atos de vandalismo. O mato cresce no jardim em frente às casas, portas e janelas foram arrombadas, paredes pichadas, a fiação e o padrão de energia desapareceram. Os poucos moradores contemplados reclamam da demora da chegada dos vizinhos e dizem ter medo até de ficar na rua, por causa da insegurança decorrente do abandono dos imóveis.
A inauguração da obra foi um dos marcos do início da campanha de Dilma Rousseff, então chefe da Casa Civil, em Minas Gerais. Em discurso na praça da cidade, antes mesmo do início oficial do período eleitoral, Lula disse que faria muita força para eleger sua sucessora e prometeu intensificar as inaugurações com a candidata até dezembro. Mas, horas antes, durante a visita às casas, o próprio presidente já reclamava da obra, que custou R$ 18,8 milhões (incluídas intervenções em saneamento e contenção de encosta). Ele dizia não concordar com a entrega dos imóveis sem piso de cerâmica nem muros separando os lotes.
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