segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Denúncia de comitê antitabaco da Europa mostra que cigarro contém cerca de 400 a 600 substâncias para torná-lo mais viciante

Uma grave denúncia do Comitê Nacional para a Prevenção ao Tabagismo da Espanha (CNPT) revela que os cigarros fabricados hoje têm metade do tabaco "autêntico" do que aqueles feitos há 40 anos, como mostra reportagem do El Mundo . Segundo o CNPT, os fabricantes acrescentam ao cigarro cerca de 400 a 600 substâncias a mais para "tornar o produto mais viciante".


A entidade, que reúne profissionais de saúde e sociedades científicas, garante que "a nicotina pura é menos viciante que o tabaco vegetal e que se os cigarros não contivessem esses elementos extras seria menos complicado parar de fumar". 


A denúncia do comitê estende-se ainda à falta de fiscalização do produto, mostrando que nenhuma entidade da Europa e dos demais continentes está regulando o uso de aditivos no tabaco e que a única lei seria com relação aos níveis admitidos de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono. A revelação feita pelo CNPT tem como base um estudo recente feito pelo Comitê Científico para a Identificação de Novos Riscos Emergentes (SCENIHR, na sigla em espanhol), da Comissão Europeia de Saúde Pública, em que há o alerta de tais práticas e a crítica a por que a indústria do fumo tem tanta liberdade de ação.



Processo de combustão


Segundo a pesquisa, muitos dos produtos adicionados ao cigarro não oferecem isoladamente grandes riscos à saúde. Mas, no processo de combustão, podem se tornar altamente viciantes, como no caso do açúcar, que se transforma numa substância química que aumenta o poder viciante da nicotina.

Outro elemento aparentemente inócuo, mas com consequências similares, é o mentol, que agrada a mulheres e jovens: o produto derivado de sua combustão aumenta o PH da nicotina, causando um impacto maior a nível cerebral. 

Nenhum comentário: