Flávio Bolsonaro, filho mais velho de Jair Bolsonaro, confiou as contas de sua campanha para o Senado, em 2018, a uma irmã de milicianos. Chama-se Valdenice Oliveira Meliga. Era funcionária do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio. Detinha procuração para assinar cheques da campanha do primogênito do presidente. Seus irmãos, Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, foram presos em agosto do ano passado numa operação batizada de Quarto Elemento, conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Deve-se a revelação à revista IstoÉ. Em notícia veiculada nesta sexta-feira, a revista traz cópias de dois cheques assinados por Valdenice em nome da campanha de Flávio. Um deles é de R$ 3,5 mil. O outro, de R$ 5 mil. Embora estivesse na folha da Assembléia Legislativa, Valdenice é dona de uma produtora, a Me Liga Produções e Eventos. Em documento enviado à Justiça Eleitoral, Flávio Bolsonaro credenciou a personagem para gerir os gastos de sua campanha. Em 2017, Flávio postou no Instagram uma foto na qual ele e o pai Jair Bolsonaro fazem pose ao lado dos irmãos Valdenice, Alan e Alex.
É a segunda vez que o gabinete do ex-deputado estadual é associado a pessoas que mantêm vínculo familiar com criminosos. No mês passado, descobriu-se que Flávio Bolsonaro empregara no gabinete da Assembléia fluminense, até novembro do ano passado, a mãe e a mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado pelo Ministério Público do Rio como o chefe do chamado Escritório do Crime, uma organização de milicianos. Flávio homenageara na Assembleia Adriano e outros acusados de integrar milícias. Mas atribuiu as contratações ao PM aposentado e ex-assesor Fabrício Queiroz.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, Flávio Bolsonaro escreveu: " Val Meliga é tesoureira geral do PSL. Tinha como determinação legal a obrigação de assinar cheques do partido em conjunto e jamais em nome do atual senador. Os supostos irmãos milicianos apontados pela revista são policiais militares." O filho do presidente preside o diretório do PSL no Rio de Janeiro.
Por Josias de Souza
2 comentários:
SÓ PARA INGLÊS VER. E A REALIDADE? - II
Considerações,
1. Se, o clã Bolsonaro continuar sob dúvidas por supostos fatos passados e típicos de certos meios políticos e, como um para-raios, atraindo e gerando conflitos e, portanto, com desgastes ao governo;
2. Se, os integrantes dos Três Poderes estão convictos que já passa da hora para o Brasil retomar o crescimento econômico e, resgatar dignos e justos padrões sociais condizentes com a nação que ainda se vê soberana, democrática e geradora de riquezas;
3. Se, circunstâncias inéditas e possíveis permitirem aos ministros do Executivo e Judiciário, presidentes e parlamentares do Legislativo, e respectivos corpos técnicos reconhecidamente capacitados e competentes, desempenharem suas funções com determinação e motivação para o cumprimento dos Objetivos e Metas das reformas, é evidente que saberão debater e unir forças pelo Brasil acima de tudo;
4. Então, se o X da questão é o Bolsonaro, ele tem que entender e sentir que agora a gravidade da situação é da nação e não dele próprio e seu filho senador. Enquanto não sintoniza e se adapta aos rigores e desafios da presidência, que facilite aos capazes e competentes trabalhar sempre dispostos a motivados pelo Brasil.
5. Caso as reformas não forem viabilizadas integralmente, ou forem parcial, mal e parcamente implementadas, o pior acontecerá: conhecidos e novos populistas, incompetentes, desonestos e parasitas serão eleitos e empossados em 1º de janeiro de 2.023 (Executivo), e 1ª de fevereiro de 2023 (Legislativo);
Finalizando, o alerta contra tragédias anunciadas vem do país vizinho, a Venezuela. O sofrimento do povo venezuelano não pode ser desprezado: ou o Brasil dá um definitivo NÃO ao populismo, corrupção, violência e impunidade, ou terá que aceitar a condição de satélite da China, ou Rússia e, na melhor das hipóteses, dos EUA. Duvidam disso? O ditador Maduro, em troca de empréstimos para se manter no poder, já está delegando a soberania da Venezuela para a China e Rússia.
AHT
23/02/2019
"Unir, jamais. Desunir sempre.", artigo do jornalista Carlos Brickman.
"A proposta de reforma da Previdência não foi ainda integralmente enviada ao Congresso, e a parte que foi enviada está sob análise de quem entende: não é de um dia para outro que se vai avaliar toda a reforma. Mas, mesmo assim, mesmo sem saber muito bem de que se trata, o mercado se animou: já aceita receber juros menores em títulos do Tesouro (caíram de 13,5% para 9,5%) e o dólar deu uma boa descida diante do Real.
A base parlamentar de Bolsonaro é insuficiente para garantir a vitória da reforma – mas a força de sua expressiva vitória eleitoral, somada à boa reação do mercado, pode perfeitamente levar o Governo à vitória, a menos que, insatisfeita pela fraqueza da oposição, a família do presidente a reforce. É o que está ocorrendo: o senador Flávio, o filho 01, propõe que o Congresso mude a reforma. Se o filho do presidente deixa de defender suas propostas e sugere mudanças, como convencer quem nem parente é?
Todo o planejamento da reforma está baseado na redução das diferenças entre aposentadorias, hoje imensas: funcionário público aposentado recebe o salário integral dos ativos, filha de militares tem direito a manter a pensão após a morte do pai, assalariados da iniciativa privada têm limite bem mais baixo. Pois o senador 01 quer igualar os guardas municipais, para fim de aposentadoria, a policiais. Pode ter razão, mas não é essa a reforma que o Governo de seu pai propõe. Com união é difícil. Sem união, impossível."
Fonte:
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