domingo, 3 de fevereiro de 2019

Gigantesca, rejeição a Renan deu vitória a Davi


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Davi Alcolumbre, até ontem um inexpressivo membro do baixíssimo clero parlamentar, foi guindado ao comando do Senado pela exclusão, não pela preferência. A maioria dos seus 42 eleitores votou nele para evitar a vitória de Renan Calheiros. Resta agora saber se Davi terá dimensão para se converter de vencedor em presidente. 

Para presidir com a grandeza que o momento requer, Davi terá de superar dois desafios imediatos: 1) Pacificar o Senado, devolvendo funcionalidade à Casa; 2) Provar que consegue distinguir os papeis de presidente do Poder Legislativo e de amigo do ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), seu correligionário do DEM.

Renan transformou-se no principal cabo eleitoral de Davi porque confiou na sua invulnerabilidade. Para um oligarca que sobreviveu às urnas de 2018 mesmo estando encrencado em múltiplos inquéritos criminais, isso não chega a surpreender. Mas Renan exagerou. 

O coronel do MDB reelegeu-se escorado no prestígio de Lula entre os alagoanos. Depois, autoproclamou-se um "novo Renan". E passou a flertar com o antipetista Jair Bolsonaro. 

Renan revelou-se a favor de tudo e contra qualquer outra coisa, desde que o acomodassem pela quinta vez no comando. Não se deu conta de que o plenário do Senado, remoçado pela presença de 46 novos senadores, deixou de ser um pedaço de sua Alagoas hipertrofiada.

Por Josias de Souza

2 comentários:

AHT disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
AHT disse...

Acróstico: RENAN

Raposa velha perdeu o rumo
Embusteiro confundiu alhos com bugalhos
Na certeza que os otários enganaria
A mão do destino dessa vez
Não lhe atendeu. O Calheiros, sifu!

AHT
03/02/2019