Dep. Hugo Leal (PSD-RJ) |
O governo de Jair Bolsonaro nomeou o policial rodoviário Jerry Adriane Dias para chefiar o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Novo diretor-geral do órgão desde o fim de janeiro, ele era, até assumir o cargo, assessor parlamentar do deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), alvo de ação por supostas fraudes em contratos do Detran-RJ (Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro) e cuja campanha foi financiada por laboratório que fatura com exames de condutores, credenciado e fiscalizado pelo Denatran.
Lotado no gabinete do congressista até 24 de janeiro, o ex-assessor assumiu na mesma data o órgão executivo máximo de trânsito no país. Cabe ao Denatran, entre outras atividades, autorizar, controlar e ditar as regras de atuação das empresas que fazem os chamados testes toxicológicos de larga janela de detecção para constatar o uso de drogas por motoristas de caminhões, carretas e ônibus. Eles são obrigatórios a cada um ano e meio ou dois anos e meio, conforme a idade do condutor.
Nas eleições de 2018, Leal recebeu R$ 198,5 mil de três sócios do Labet, maior empresa desse mercado. As doações representaram 20% do que o ex-chefe do novo diretor-geral recebeu de pessoas físicas para a campanha (R$ 967,6 mil) – o restante (R$ 950 mil) veio do fundo partidário, verba de origem pública. (…)
Por Fábio Fabrini, na Folha.
Um comentário:
Contribuições para campanhas eleitorais, indicações para cargos...
Códigos de trânsito, sinalização de trânsito, setas indicando direção... Dá acróstico!
SETAS PARA LUGAR NENHUM
Sai um,
Entra outro,
Tudo continua na mesma.
A memória do povo é curta:
Santinhos antecedendo eleições zeram tudo.
Partidos políticos perfeitos em suas
Atas de Fundação, Princípios Norteadores e
Rígidos Regimentos Internos discutidos em
Assembleias previamente decididas por dois ou três.
Lúdicos jogos de discursos nos plenários,
Uns, no Legislativo; outros, no Judiciário,
Garantindo a sobrevivência das mídias
Animadoras/desalentadoras de Investidores,
Radiouvintes, telespectadores, zaps e leitores.
No Executivo, parte trabalha, outros coçam e/ou negociam.
Empresários investidores de campanhas eleitorais
Nomeiam seus representantes para cargos chaves:
Hegemonia do Privado sobre o Público.
Uma nação de berço esplêndido jamais acordará o Gigante
Magnífico do imaginário ufanista nacional.
AHT
13/02/2019
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