Como se diz em Dois Córregos, a cada enxadada, uma minhoca.
Onde quer que se mexa no PSL, sente-se o cheiro de laranja. Para onde quer se olhe, vê-se a forma de laranja.
E, ora vejam, faltava uma personagem que não é estranho a esse universo de quitanda eleitoral. Sim, ele! Flávio Bolsonaro. Informa a Folha:
Dinheiro do fundo eleitoral entregue a candidatas do PSL no Rio de Janeiro beneficiou a empresa de uma ex-assessora de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e parentes de outra colaboradora do agora senador.
Uma das beneficiadas é a contadora Alessandra Ferreira de Oliveira, primeira-tesoureira do PSL-RJ, partido presidido pelo senador, filho do presidente Jair Bolsonaro.
Durante as eleições, a empresa dela (Ale Solução e Eventos) recebeu R$ 55,3 mil a partir de pagamentos de 42 candidatos do PSL no Rio. Desse total, R$ 26 mil tiveram como origem 33 candidatas que só receberam a verba do diretório nacional na reta final da eleição.
Outros beneficiados foram dois parentes de Valdenice de Oliveira Meliga, tesoureira do diretório estadual do PSL.
Na maioria dos casos, a verba repassada às pessoas ligadas ao gabinete de Flávio veio do diretório nacional da sigla.
No período em que cuidava das contas das candidatas, Alessandra estava lotada no gabinete da liderança do PSL na Alerj, à época exercida por Flávio. O cargo lhe garantiu um salário bruto de R$ 6.490,35 entre maio do ano passado e o último dia 12, quando foi exonerada.
De junho a outubro, quando faturou R$ 55,3 mil nas eleições, a contadora recebeu R$ 30 mil líquidos no cargo da Alerj.
Das 33 candidatas que contrataram Alessandra, 26 tiveram menos de 2.000 votos. Mais da metade dos R$ 2.857,14 enviados a essas candidatas pelo partido tiveram um mesmo destino: R$ 750 para a empresa da contadora e igual valor para um escritório de advocacia.
A empresa Ale Solução e Eventos, de Alessandra, contou inclusive com a candidatura-tampão de duas parentes de Valdenice. A irmã e a nora de Val, como a tesoureira é conhecida, registraram candidatura só em setembro, em substituição a duas mulheres que desistiram da disputa. Elas tiveram as candidaturas indeferidas, mas nem recorreram da decisão. No curto espaço de tempo, realizaram as transferências para a empresa indicada.
(…)
Voltei
Pois é, né? Por falar em Flávio, cadê Fabrício Queiroz, aquele senhor que movimentava a bolada milionária e estava lotado no gabinete do agora senador?
Como sabemos, os Bolsonaros — os Kennedys de certa elite brasileira — vieram para mudar os hábitos e costumes da política.
Pensem bem: o que tem de estranho no fato de que dinheiro de 42 candidatos do PSL, sendo 33 mulheres, tenham beneficiado a empresa da ex-assessora de Flávio e de que a grana tenha sido enviada só na reta final de campanha?
Nada!
Isso é muito normal, certo?
Ah, sim: quando ela cuidava da bufunfa, estava lotada no gabinete do Zero Um.
Igualmente, não há nada a estranhar.
Brasil acima de tudo. Deus acima do laranjal.
E, nesse caso, Flávio nem vai receber uns insultos do pai por intermédio do WhatsApp.
Ele já disse que estão perseguindo o “garoto”.
Por Reinaldo Azevedo
2 comentários:
Benditas sejam as charges, caricaturas,
Piadas, deboches, versos e, na boa, a tudo caçoar
Lá nos Poderes, quantas e que ingratas criaturas...
Nós aqui, por Direito, podemos criticar e deles trolar
Dito isso, vamos ao que interessa...
O LARANJAL
O pai, um rebelde sem causa definida, de
Lábia rude, esperta e focando os desatentos.
Armou problemas para seus superiores ao
Relatar em entrevista para a Revista Veja
A insatisfação de militares pelos soldos.
Na tentativa de pressionar, teria insinuado uma
Intentona com atentados a quartéis, etc e tal.
A justiça militar atuou, ele foi pra reserva e se elegeu
Legislador no RJ. Aí, o laranjal pros guris começou?...
AHT
21/02/2019
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