quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Jungmann diz que proposta de Witzel de ‘abater’ traficantes com ‘snipers’ é ilegal


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A proposta do governador eleito Wilson Witzel de usar atiradores de elite para “abater” traficantes é ilegal , segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Em entrevista após reunião do Conselho de Segurança Públcia da Firjan, nesta quarta-feira, Jungmann disse, de acordo com o G1, que o plano de utilizar snipers em operações em favelas, com policiais orientados a atirar em criminosos com fuzis – mesmo que estejam de costas ou fora de situações de combate que ofereçam risco à tropa -, depende de uma mudança na lei federal. O ministro não opinou se é a favor ou contra a ideia.

“A proposta precisa passar pelo crivo das leis, da legislação e da Justiça. Não podemos ter atividades que não sejam dentro das normas, das leis. E hoje ela (a proposta) não está. Precisa de uma modificação legislativa”, afirmou Jungmann no evento, que contou com a presença de Witzel. “A proposta precisa passar pelo crivo das leis, da legislação e da Justiça. Não podemos ter atividades que não sejam dentro das normas, das leis”

“Hoje temos um ministério por lei, um sistema unificado por lei, uma política de segurança nacional e recursos, advindos das loterias. A segurança pública pela primeira vez tem rumo e reúne todos os entes da federação”, avaliou o ministro, dizendo ainda que cabe ao futuro governador manter a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mas que a intervenção federal, com prazo até 31 de dezembro deste ano, não poderá ser prorrogada por ir contra a Constituição.

De acordo com Jungmann, o BNDES, junto com o Ministério da Fazenda, deve liberar parte dos R$ 19 bilhões dos Fundos das Telecomunicações (Fust) para o desenvolvimento tecnológico no combate do crime organizado no Rio:

“Vamos incentivar a criação do sistema de cercamento eletrônico, que vai permitir a identificarão de cargas, carros roubados, reconhecimento facial para combater o crime. Parte desses recursos vai ser para esse monitoramento. Os dados vão para uma central que vai fazer esse cerco digital no comando ao crime. E a intenção é depois espalhar esse sistema para todo o território nacional.”

No Globo

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