O ministro Jorge Mussi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abriu uma investigação para apurar se o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) cometeu crimes eleitorais. O processo, porém, ainda deve demorar para ser concluído e qualquer condenação dependerá de provas que apontem a responsabilidade de Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto. A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) também pediu nesta sexta-feira que a Polícia Federal (PF) investigue a disseminação de notícias falsas na campanha presidencial.
O pedido aceito por Mussi foi feito pelo PT, partido de Fernando Haddad, adversário de Bolsonaro no segundo turno. O partido se baseou em reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, segundo a qual empresas — que foram proibidas de fazer doações eleitorais — estariam favorecendo a campanha do candidato do PSL ao comprar pacotes de divulgação em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp.
O PT também queria que as empresas acusadas de comprar os pacotes e o Whatsapp fossem investigadas. Mas Mussi lembrou que as sanções de inelegibilidade e cassação de registro ou diploma não podem ser aplicadas a pessoas jurídicas. Assim, a investigação vai se centrar em Bolsonaro, no seu vice, o general reformado Hamilton Mourão, e em mais 11 empresários, entre eles Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, e dez sócios das empresas de mídia digital acusadas de irregularidades. Foi dado um prazo de cinco dias para que eles apresentem sua defesa. Hang e Bolsonaro negam irregularidades. (…)
Por André de Souza, em O Globo.whats
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