As urnas do segundo turno ainda nem foram computadas e o PSL já começou a dificultar a vida de Jair Bolsonaro. Todo mundo sabe que Rodrigo Maia (DEM-RJ) é candidato a permanecer no comando da Câmara. Mas um ala do partido do capitão avalia que desafiar Maia é uma prioridade. Em verdade, trata-se de uma temeridade, pois Rodrigo Maia arrasta consigo o apoio da maioria do centrão.
A ala mais gulosa do PSL sonha com a hegemonia política porque virou a segunda maior bancada da Câmara, com 52 deputados, atrás apenas do PT. Os correligionários de Bolsonaro confundem ingenuidade com autoconfiança. Em vez de hegemonia, podem obter isolamento político.
Bolsonaro já farejou o cheiro de queimado. Pediu moderação ao PSL. Mas alguns dos seus correligionários ainda não se deram por achados. O último partido que imaginou que poderia acumular as presidências da Câmara e da República foi o PT. Em 2014, o petismo decidiu cutucar o MDB lançando Arlindo Chinaglia como adversário de Eduardo Cunha na briga pelo comando da Câmara. A manobra custou o pescoço de Dilma Rousseff.
Por Josias de Souza
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