Aí veio a pergunta. Willian Bonner lembrou que Mourão defendeu, em uma palestra, a elaboração de uma nova Constituição, que seria redigida por notáveis e depois submetida a referendo. Mais: em entrevista à Globonews, o vice de Bolsonaro também flertou com a possibilidade de um autogolpe — vale dizer: a depender das circunstâncias, o presidente da República poderia apelar às Forças Armadas ao arrepio das exigências postas na Constituição. Bolsonaro desautorizou de forma clara, inequívoca e inquestionável o seu vice: Reproduzo: “Eu o desautorizei nesses dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite. Jamais eu posso admitir uma nova Constituinte, até por falta de poderes para tal. E a questão de autogolpe: não entendi direito o que ele quis dizer naquele momento, mas isso não existe. Se estamos disputando as eleições, é porque nós acreditamos no voto popular. E seremos escravos da nossa Constituição.” Errando o nome do general, afirmou: “José Augusto (sic) Mourão, agradeço a sua participação, mas, nestes dois momentos, ele foi infeliz, deu uma canelada. Mas repito, o presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido”.
Por Reinaldo Azevedo
Um comentário:
Acróstico “TORCIDA DO CABRESTO”
Trabalhadores na geral
Os poderosos nos camarotes
Radicais gritando e atiçando
Conservadores fazendo poses
Ingênuo povo torcedor dançando
De um extremo ao outro do estádio
A mídia faturando
Democracia escrita em faixas
O relógio marca 44 minutos do segundo tempo
Camarotes regados a uísque e caviar
Arquibancadas, torcidas raivosas
Brasil vem à mente e,
Rapidamente, o estádio explode!
Eleição foi fraudada, minha gente!
Sorrisos nos camarotes, povo se revolta
Tropa de choque chega
O povo se aquieta e volta pra casa...
AHT
09/10/2018
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