Bolsonaro quer liquidar a eleição no primeiro turno para fugir dos debates em um eventual segundo turno.
No primeiro turno, o tempo de propaganda de Bolsonaro na televisão foi praticamente nenhum porque ele só contou com o apoio do seu partido. Uma vez esfaqueado, acabou, estrategicamente, proibido pelos médicos de participar de debates.
Seu tempo de propaganda no segundo turno seria igual ao do seu adversário – mas aí entra a variável do confronto direto entre os dois. Teme-se entre os que o cercam que seu desempenho pode ser inferior.
De resto, no embalo de uma possível vitória em primeiro turno, eleitores de Bolsonaro poderiam se decepcionar e admitir rever os votos que deram. Muitos deles repetem: estou Bolsonaro, não sou Bolsonaro. Ou seja: votar nele é uma contingência.
Melhor, portanto, não correr tamanho risco.
Por Ricardo Noblat
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