Faltam ainda duas semanas para a eleição. A julgar pela voltagem ideológica das redes sociais, parece uma eternidade. Fora os muitos entusiasmados profissionais de um lado e de outro, há uma espécie de enfaro no ar. As pessoas estão um tanto cansadas; já não aguentam o festival de acusações e de imprecisões que toma conta das campanhas. Sim, a bem da verdade, é preciso que se diga: os defensores de Jair Bolsonaro (PSL), não importa se sob o comando ou não da turma que obedece a seu mando, são muito mais ágeis e caudalosos ao espalhar “fake news”. Também as há, por óbvio, oriundas dos partidários de Fernando Haddad (PT) contra o adversário. Mas faça você mesmo o teste. Tire agora o seu celular do bolso e entre no WhatsApp, vá à sua página no Facebook ou a seu perfil no Twitter e veja que lado — já que os lados estão aí — disparou mais petardos contra o adversário. Aproveite e também proceda a uma avaliação qualitativa sobre as acusações. Uma das mais barulhentas, retirada depois, mas deixando rastros, assegurava que, se eleito, Haddad pretenderia legalizar a pedofilia — nada menos. Deveria haver um limite para a desqualificação do outro. Como se vê, não há.
Por Reinaldo Azevedo
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