terça-feira, 5 de abril de 2016

NEW YORK TIMES: SUBORNOS, FRAUDES E ENCOBRIMENTOS LEVARAM A CRISE AO BRASIL



Por: Diário do Poder

Maior jornal do mundo, o New York Times publicou na capa de sua edição impressa desta segunda-feira (4) uma grande matéria sobre os escândalos de corrupção que engoliram o Brasil e o governo Dilma. O texto se concentra na delação premiada do ex-líder do governo Dilma preso pela Polícia Federal, senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). Segundo o NYT, o testemunho do “líder petista mais poderoso do Senado” acelerou a crise política brasileira, e fez com que boa parte dos líderes políticos ficasse com medo de uma “batida” da PF em suas casas.

Segundo NYT, o escândalo começou há mais de dois anos com a revelação do petrolão, onde empreiteiras pagaram mais de US$ 3 bilhões em subornos a executivos da Petrobras, que foram escoados para os cofres de partidos políticos da base de apoio do governo Dilma. “Desde o início, quase 40 políticos, grande empresários e operadores de grana suja foram presos”, revela o jornal americano.

Antes do acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral, ex-líder do Dilma, a presidente havia conseguido se manter fora do olho do furacão da crise, segundo o NYT. Mas depois de revelar que a própria Dilma o instruiu a tentar convencer um “juiz de alto escalão” a tentar livrar empresários envolvidos na corrupção na Petorbras, o envolvimento de Dilma foi inevitável.

O NYT também menciona o envolvimento do ministro Aloizio Mercadante (Educação), um dos mais fiéis e próximos empregados de Dilma, no escândalo: Mercadante foi gravado por um ex-assessor de Delcídio, Eduardo Marzagão, tentando oferecer “ajuda” ao ex-líder de Dilma que estava preso.

O jornal americano classifica a Lava Jato como uma “investigação labirinto”, que eventualmente chegou a Lula. O ex-presidente, segundo o NYT, “lucrou com as conexões a magnatas à frente de empreiteiras, que lhe pagaram milhões de dólares por discursos”. O NYT também menciona a reforma do triplex no Guarujá (SP) e também do sítio em Atibaia, cuja propriedade Lula nega ser dele.

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