O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró falou nesta segunda-feira (18) pela primeira vez à Justiça Federal do Paraná depois de ter feito acordo de delação premiada. Ação é referente a 21ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Passe Livre.
Segundo informações do advogado do ex-diretor Beno Brandão, durante o depoimento ao juiz Sérgio Moro Cerveró chorou quando falou dos riscos que seu filho Bernardo Cerveró correu quando fez a gravação da conversa com o senador Delcídio do Amaral. Cerveró pediu desculpas por ter faltado com a verdade nas duas vezes que esteve falando com Moro.
Cerveró falou sobre o empréstimo feito ao Banco Shahin e afirmou “que foi colocado na BR Distribuidora, por conta do que ele fez agora, em relação ao empréstimo que era garantido pelo senhor Bumlai e o ex-presidente Lula teve reconhecimento de que ele fez uma coisa favorável para o partido e por isso ele foi transferido para a BR Distribuidora”, afirmou Brandão.
Respondem ao mesmo processo o pecuarista José Carlos Bumlai, ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o acionista do Grupo Schahin Salim Schahin, além de outros cinco investigados.
Segundo a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) Cerveró se beneficiou do esquema de fraude, desvio de dinheiro e corrupção, com o recebimento de propinas milionárias graças a diferentes contratos da Petrobras, além da compra da refinaria de Pasadena, no Texas EUA.
Nestor Cerveró está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.
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