A brasileira Renata Bueno, uma cidadã ítalo-brasileira que exerce mandato de deputada no Parlamento da Itália, obteve uma sinalização de como deve terminar o caso de Henrique Pizzolato. Em conversa com o ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, Renata foi informada de que o mensaleiro petista deve ser extraditado para cumprir pena no Brasil. Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de cadeia no julgamento do mensalão.
Renata contou ao repórter Jailton de Carvalho o que ouviu do ministro italiano: “Ele falou: ‘olha, Renata, aqui nós seguimos a orientação da Justiça. Se não houver nenhum obstáculo, vamos acolher esta orientação’.” A ‘orientação’ a que se refere Andrea Orlando consta da decisão da Corte de Cassação da Itália, que deferiu o pedido de extradição de Pizzolato, revogando vitória que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil obtivera na primeira instância, em novembro.
A Corte de Cassação italiana equivale ao STF brasileiro. Significa dizer que, do ponto de vista jurídico, o martelo foi batido. Nos próximos dias, o ministro Andrea Orlando será formalmente notificado da decisão. Terá, então, um prazo máximo de 45 dias para decidir se devolve ou não Pizzolato ao Brasil. Nesse estágio, a deliberação é política.
O minsitro avistou-se com Renata Bueno no gabinete que o governo italiano mantém no Parlamento, em Roma. Deu-se no intervalo de uma sessão em que se discute um projeto de reforma constitucional. O ministro também é deputado. E na Itália os parlamentares não precisam se licenciar do mandato para assumir cargos executivos.
Renata festejou a informação que recebeu do colega: “Acho importante que a justiça seja feita. E quem é responsável por isso é o Brasil. Não é justo que ele [Pizzolato] fique aqui na Itália. Aqui ele é um homem livre.”
Um comentário:
Por que esta ilustre deputada não faz a mesma sustentação quanto a permanência do execrável battisti aqui no Brasil ?
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