quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Justiça italiana autoriza extradição de Henrique Pizzolato


Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing Banco do Brasil, ao deixar a prisão

A Corte de Cassação de Roma decidiu extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão, revertendo decisão de outubro do ano passado da Corte de Bolonha. Agora, cabe o Ministério da Justiça italiano a palavra final sobre o caso, segundo informações da agência italiana de notícias Ansa – a decisão sai, portanto, da desfera judicial e passa para a política. Segundo a Ansa, os juízes que analisaram o caso consideraram que existem no Brasil condições para garantir a segurança de Pizzolato em um presídio. Os magistrados determinaram, ainda, a prisão do mensaleiro. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Interpol já foi acionada e lançou uma operação para prendê-lo.

Pizzolato fugiu para a Itália em outubro de 2013, utilizando documentos do irmão morto. Descoberto em fevereiro do ano seguinte, foi levado para a prisão de Módena. A extradição para o Brasil, contudo, foi negada. No recurso apresentado à ocasião, a promotoria da Itália indicou que não se pode generalizar as situações das prisões do Brasil e que outros condenados no caso do mensalão tiveram sua segurança garantida no Complexo da Papuda, no Distrito Federal. Já a defesa de Pizzolato utilizou relatórios da ONU e da Anistia Internacional para convencer os juízes italianos de que Pizzolato não deveria ser mandado ao Brasil. 

O julgamento teve início na quarta-feira, mas o resultado só se tornou conhecido nesta quinta. A Corte de Cassação analisou dois recursos contra decisão da Corte de Apelação de Bolonha, um deles de autoria da Procuradoria-Geral da República e outro, do Ministério Público da Itália.

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