sábado, 14 de fevereiro de 2015

O ATO E O FATO


Brasilino Neto
Por que não privatizar?

Por que não privatizar a Petrobras?

Deixo claro que esta não é a primeira, e espero não seja a última matéria que escrevo sobre o tema, pois nas anteriores, embora se possa agora imaginar que a empresa já fosse solapada por estes desmandos, publicamente deles não tínhamos notícias, e mesmo assim defendi a ideia, pois se eu como brasileiro posso ter sonhos, a privatização da Petrobras sempre foi um deles.

E mais, nem são pelos fatos que hoje temos conhecimento que volto à questão, mas por entender que não há justificativa alguma para mantê-la como estatal, mesmo sob o sôfrego argumento de que por se tratar de empresa estratégica deve ficar em mãos governamentais. Muito ao contrário.

Reacende-me a esperança em um dia ver a Petrobras privatizada, ao saber hoje da indicação de Miriam Belchior, que em meu ponto de vista leigo em Economia trata-se de péssima indicação, pois tem formação na área de engenharia de alimentos, pela Unicamp, em 2008 foi professora da Escola de Economia, Administração e Contabilidade da USP, e pelo que busquei, não encontrei informação em ser sua especialidade a administração de uma empresa do porte e complexidade da Caixa Econômica Federal, pois analisando seu currículo vi somente desempenho de funções secundárias nos governos petistas, inclusive quando, para tampar buraco, substituiu o ministro Paulo Bernardo, e que a finalidade especial desta indicação é a de que prepare os caminhos para a abertura de capital da CEF, uma forma indireta de privatização.

Voltando à Petrobras, tem-se a ideia arraigada de não privatização da empresa no descabido lema do “petróleo é nosso”, dizendo-o por ser ela estatal somente quando precisa de aporte, para apadrinhar políticos e nomear e contratar pessoas a peso de ouro, pois em realidade age como empresa particular e tratando seus fregueses nos mesmos moldes que as empresa privadas, ou seja, sem benefício específico algum.

Os desencontros, ou como diz a presidente Dilma, os malfeitos ocorridos na Petrobras, afirmo com 201% de certeza, jamais se dariam em uma empresa privada e no primeiro deslize de alguns reais já seriam detectados em horas e o causador do ‘malfeito’ posto de imediato na rua e com as consequências policiais e de reparações postas em prática, mas na ‘nossa’ Petrobras, os desvios não são de alguns reais e nem as consequências são estas.

Infelizmente.

Gostaria de ver se temos na administração ou na política brasileira, como diz o caipira (para ser menos indelicado), alguém de “pacová roxo” para fazer a proposta de privatização da Petrobras, ou ao menos um plebiscito para saber sobre o que pensa o brasileiro disto.

A conclusão para este meu desejo calca-se em simples observações e análise: a Vale do Rio Doce, EMBRAER, Siderúrgica Nacional, ferrovias e tantas outras mais quando estatal geravam vultosos prejuízos anos após anos, enquanto que agora particulares são exportadoras e representam honradamente o Brasil no exterior e dão lucros a seus acionistas, enquanto que ‘nossa’ Petrobras ...

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