sábado, 7 de fevereiro de 2015

O ATO E O FATO


Brasilino em dose dupla:

Assim, até eu ...

Destaco desde o início que não tenho nenhuma formação na área econômica, e que os comentários ora feitos são baseados somente em fatos que ocorrem no dia a dia das pessoas com as quais me relaciono e que todas têm a mesma reclamação, a de que a desvalorização do real é patente e essa história de inflação sobre controle não passa de uma singela estória, ou a clássica ‘conversa para dormitar bovinos’, ou popularmente, conversa para boi dormir.

Iniciou-se recentemente o segundo mandato da presidente Dilma, e com isto a nomeação de novos ministros, porém, o mais importante é o da Economia, representado por Joaquim Levy.

Sabidamente este ministro vem de uma escola e tem orientações na Economia diversa das pregadas pelo PT, e por isto encontrou resistência em sua indicação sendo, no entanto, bancado por uma ala do partido, e assumiu com um discurso de austeridade, firmeza, decência.

Esse ministro até alguns dias estava em voga, era a figurinha carimbada dos meios de comunicação, porém, já está sumidinho, falando pouco e também fazendo pouco para que possa cumprir seus planos.

Esteve em Davos, Suíça, na reunião do Fórum Econômico Mundial, onde se discute as tendências da economia e planeja como se beneficiar das fases de bonança e se preparar para as de dificuldades.

Quem deveria estar lá era a presidente Dilma, mas não foi, primeiramente por não ter o que falar ao mundo econômico do mau momento que o país passa ante os assaltos aos cofres públicos, como amplamente sabido e que nossa economia está vivendo, e segundo porque tinha que comparecer à importante terceira posse do presidente da Bolívia, Evo Morales, aquele que expropriou ativos da Petrobrás e nós ‘cordeiramente’ nos calamos, ou melhor, nos omitimos, nos mantivemos em canhestro silêncio.

Mas voltando ao Joaquim Levy, em sua apresentação inicial fez inúmeros planos, cortes de despesas, reformas necessárias na previdência, seguro desemprego e outros benefícios sociais, e em outras tantas ares, e de lá da Suíça ainda bateu fortemente no peito dizendo o seguro desemprego era inconcebível e que seria mais uma vez alterado.

Ledo engano desse senhor, que ao chegar aqui, como acontece com nossas “autoridades”, disse que não havia sido bem interpretado, e o que é pior, no dia seguinte era desmentido pela presidente Dilma que não haveria qualquer outra alteração. E ele continuou ali.

Mas tudo isto seria palatável, porém, volta novamente à imprensa e em coletiva traz a insultante informação de que seriam elevadas as alíquotas do PIS, da COFINS e da CIDE, ambas sobre os preços dos combustíveis, também elevados em seu preço em R$ 0,15 para o diesel e R$ 0,22 na gasolina, do IOF sobre as pessoas físicas e produtos importados, com resultado de uma receita adicional de R$ 21 bilhões de reais.

Mas o que me estranha nesta situação é o sumiço do ministro Levy, dos arroubos e das batidas no peito que deu em sua entrevista inicial, para presumivelmente mostrar autoridade, só mostrar e não para agir.

Ao que me refiro não é o desaparecimento, de não estar na mídia, mas de não vir a público trazer a informação de que ao menos uma decisão tenha sido ou será tomadas para acabar com o saco sem fundo que o governo representa ao arrecadar e ao gastar desordenadamente e sem o cuidado e respeito necessários ao sofrido cidadão pagador de impostos, na contraposição de que os benefícios que deveria receber estar caindo pelas tabelas, em frangalhos.

Aqui um recado para a presidente Dilma e ao ministro Joaquim Levy: Ser economista é isto que o senhores estão fazendo, não precisaria ser graduado em importante escola e nem feito cursos e mais cursos em tantas universidades como se tem a informação, pois administrar a economia tomando de cada brasileiro honesto um cheque assinado e em branco para que possam preencher no valor e tempo que lhes interessar é fácil, muito fácil e assim, até eu que sou um sou analfabeto em Economia também serviria para ser ministro do Estado brasileiro, com uma única diferença senhor Levy (e também Barbosa, Planejamento), se seu falasse alguma coisa séria e dentro de meus princípios pessoais e profissionais e depois fosse obrigado, pela presidente a me desdizer, juntaria a minha trouxinha no mesmo instante e voltava pro meu cantinho preservando tudo de bom que houvera feito até então em minha vida, e poder olhar, com serenidade, aos meus amigos e familiares.

Mas como o senhor (e nem Barbosa) não pensa assim, faço-lhe um pedido final: fique ai sim para satisfazer as vaidades e a seus interesses pessoais, mas, por favor, não volte a pedir ao dedicado e honesto cidadão brasileiro mais cheques assinados e em branco para o senhor preencher quando lhe aprouver.

Ministro Joaquim Levy, ser ministro da Economia assim até eu sirvo, e se o senhor decidir deixar o cargo, me indique para a presidente Dilma para substituí-lo, pois com um pacote de cheque assinado e em branco em minhas mãos toco isso sossegadinho, pode crer !

**********************************

Falta de decência

Não encontro outra expressão para caracterizar e nominar, infelizmente, a maioria das afirmações de nossas autoridades.

Digo isto, pois é incrível que nada que a imprensa fale, os denunciantes assegurem, os fatos escancaradamente comprovem, seja verdadeiro.

Por exemplo, o governante vem a público e faz uma afirmação diante de centenas de jornalistas e público, com gravações e depois repercutidas em seus meios de comunicação, cada um em sua redação, e todos num mesmo sentido e no dia seguinte esta “autoridade” descaradamente volta e assegura que não foi isso que disse, ou que foi mal interpretada.

Algumas pessoas públicas são colhidas em flagrante delito recebendo pacotes de dinheiro e cinicamente asseguram, com a maior “autoridade” possível, que o fato não ocorreu, pois se tratava disto ou daquilo. Que não se tratava de assalta ao cofre público. Ah ‘tá’ bom !

Há alguns dias um ministro recém empossado fez uma afirmação diante de centenas de microfones e no dia seguinte vem com nova versão do que afirmara textualmente, dizendo que fora também mal interpretado ou não se expressara bem. Que fique o dito pelo não dito.

O racionamento de água e energia elétrica é iminente e nossas “autoridades” com desplante tal asseguram que isto não se dará. Durante o dia falta água e a noite falta luz.

Os corredores dos hospitais estão abarrotados de macas, cadeiras e colchonetes no chão acomodando doentes, centenas de imagens mostram isto diariamente, e ai vem a “autoridade” e diz que aquilo é pontual e que verbas já foram destinadas a solução. Passam anos e as reportagens continuam mostrando as mesmas cenas.

Tem-se problema de segurança pública, com centenas de ocorrências no dia a dia da população, que cansa em reclamar e ai vem a “autoridade” e diz, laconicamente, a segurança na área foi reforçada. Passam anos e as notícias mostram que tudo continua como antes no quartel de Abrantes.

Após os feriados ‘emendados’ temos as estatísticas dos acidentes e ai a “autoridade”, aparece com ar de seriedade e diz que a situação é atípica, e que o policiamento foi intensificado. Tudo mais uma vez como antes.

Centenas de reportagens dizem quanto a falta de professores, de administradores escolares, inspetores de aluno, mau funcionamento de unidades e mais uma vez a “autoridade” do alto de seu conhecimento e cinismo afirma: estes problemas já foram solucionados. E em mais alguns dias novas reportagens no mesmo teor e na mesma área.

E assim é também nas áreas telefonia, planos de saúde, judiciário, assembléias legislativas, câmaras municipais e muitos outros setores, com fatos aberrantes no dia a dia e a “autoridade” mais uma vez aparece com uma cara de pau que nem Óleo de Peroba lustra e diz: Estes problemas já estão resolvidos. Estes problemas não ocorreram como a reportagem afirmou. O órgão (ir)responsável já tomou as medidas necessárias e cabíveis. E outras desculpas esfarrapadas, desconexas e indecentes que causam náuseas até em antiácido.

Assim fico me questionando: como são indecentes as pessoas que assim agem. O que pensam quando saem da frente das câmeras e dos flashes ? Será que têm coragem de dizer ao filho ou neto que o que afirmaram não foi cumprido, e nem será em tempo algum ? Que falaram tudo aquilo apenas para ludibriar ? Será que dormem com a consciência tranquila diante de tantas falsidades ? Se envergonham das mentiras que sem constrangimento algum falam ?

Assim, nesta esteira também digo: “autoridades” leiam bem o que escrevi, pois em realidade o que quis dizer é que nós, desajeitado e descuidado povo brasileiro, é que não presta atenção nas afirmações que os senhores, nossas “autoridades” fazem e ficamos ai pelo cantos fazendo fofocas, e que tenho e sempre terei os senhores como impolutas “autoridades”. Tenho dito !

2 comentários:

Paulo L. disse...

Brasa se é em dose dupla vale o duplo parabéns. abraços.

André Silvestre disse...

Esta mais do que na hora do povo empunhar a bandeira e dar um basta em tudo isto.