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CUSTO BRASIL
Confesso não ser especialista em economia, mas tenho certeza que nem preciso ser para poder aqui afirmar que o chamado custo Brasil é quem cria as dificuldades de competição de nossa economia com as dos demais países sérios.
Isto porque chega a ser cômico, se não fosse trágico, o projeto de lei nº 6.883/2013, que tramita na Câmara Federal, em caráter conclusivo, de autoria da deputada Maria Raupp, PMDB de Rondonia, que propõe que seja proibida a demissão sem justa causa de trabalhadora vítima de violência doméstica pelo período de um ano.
Digo isto, pois a proposta impõe ao sistema produtivo encargo que não lhe cabe assumir e a que não deu causa, numa nítida violação à relatividade dos fatos, respondendo por um fato que se deu na intimidade familiar, sem qualquer vínculo pessoal ou sua atividade empresarial.
Ainda mais desconexa é a justificativa de que o empresário tenha que arcar com a obrigação de não demitir a vitima de agressão por um ano, pois a trabalhadora “precisa se reerguer, se reestruturar, se sentir segura, ao menos quanto ao seu sustento, somente podendo ocorrer a sua demissão em caso de falta grave, nesse período”.
Assegura ainda, além da manutenção do vínculo por um ano, que a trabalhadora agredida possa se afastar do local de trabalho, por até seis meses, suspendendo o contrato de trabalho.
Disposições similares estão na Lei Maria da Penha, a nº 11.340/06, onde o juiz pode determinar que a mulher vítima de violência doméstica e familiar seja afastada do local de trabalho por até seis meses, com a manutenção do vínculo empregatício. A medida, no entanto, não prevê se há suspensão ou interrupção do contrato.
Pelo projeto, o afastamento suspende o contrato de trabalho, garantindo o tempo de serviço da trabalhadora, o que não ocorre durante a interrupção do contrato, impondo obrigação ao empresário de manter a trabalhadora agredida e em seu lugar estar obrigado a repor a força de trabalho afastada.
Nada mais descabido. E haja custo Brasi!
Mas infelizmente no Brasil é assim mesmo, tal como se dá com o sistema público de saúde, onde os governos, em todos os níveis, cumprem sofregamente seu papel, mas impõe aos planos de saúde particulares regras que os tão tornando inviáveis e sobrecarregados.
Na área de segurança não foge a regra, pois os governos não dão conta do recado que lhe cabe e, no entanto, impõe regras e mais regras às vigilâncias privadas que, infelizmente seguem mantidas pelo vácuo deixado pelas administrações públicas ao setor.
Um comentário:
É, com esta não precisa mesmo ser economista, basta ter bom senso, o que nossos políticos não têm tido. É por estas e outras coisas que a economia brasileira decresceu 0,6%, como se vê nos jornais deste final de semana. E se continuarmos com este protecionismo imbecil iremos mesmo para a recessão e ai veremos o quanto é bom !
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