O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quarta-feira que o governo desistiu de aumentar em dois anos o período de duração dos cursos de medicina. A ampliação da grade curricular fazia parte do programa Mais Médicos, divulgado pela Presidência no começo de julho. O objetivo de fazer com que os alunos atuem no Sistema Único de Saúde (SUS), no entanto, ainda não foi descartado. Segundo a pasta, os dois anos extras serão transferidos para a residência médica, que passa a ser obrigatória.
Após ter a medida classificada como autoritária por entidades da saúde, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), o governo optou por acatar a proposta da comissão de especialistas criada para discutir o programa federal. O grupo, coordenado pelo ex-ministro da Saúde Adib Jatene, sugeriu que a residência médica seja requisito obrigatório para os médicos exercerem a profissão. Durante parte desse período de residência, o médico seria, então, encaminhado para o atendimento ao SUS.
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