segunda-feira, 28 de maio de 2018

Depois de sacrificar 64 milhões de aves, produtores vão ao Planalto pedir socorro; preços devem aumentar


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Produtores rurais foram ao Palácio do Planalto neste domingo (27) entregar uma carta de manifestação ao presidente Michel Temer depois que 64 milhões de aves foram sacrificadas por falta de alimentos.

De acordo com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o prejuízo até agora é de R$ 3 bilhões e, nos próximos cinco dias, 1 bilhão de aves e 20 mil suínos morrerão se não chegar comida para os animais. A região mais atingida é a Sul.

A associação diz que as perdas podem levar a aumento de preços para o consumidor final e que a normalização do abastecimento do mercado pode demoarar até dois meses.

Estamos aqui para pedir uma ação imediata. Já está havendo canibalização. Precisamos que os caminhoneiros deixem passar comida”, disse o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, que entregará a carta na Casa Civil.

Segundo Santin, o sistema de produção pode entrar em colapso nos próximos três dias. Além disso, começa a haver risco para a saúde pública por não ter onde enterrar tantos animais sacrificados.

“Estamos no limite de causar um desastre ambiental e de saúde pública”, disse o diretor-executivo.

Segundo Santin, outra preocupação é em relação à produção voltada para o exterior, que segue normas de bem-estar dos animais. Se a situação se prolongar, os produtores poderão ter as vendas externas afetadas.

Após a reunião no Palácio do Planalto, Santin acrescentou que a crise já reduziu em US$ 350 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) as exportações brasileiras de aves.

O empresário afirmou que, durante o encontro, o presidente Michel Temer demonstrou estar confiante em construir um acordo para iniciar a semana com normalidade.

Santin disse ainda que também conversou com representantes dos caminhoneiros, pedindo a sensibilidade dos grevistas com o transporte de animais, para evitar a mortandade de aves. 

Mais cedo, os produtores receberam o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo), que informou a eles que o governo estava negociando com os caminhoneiros.

Na carta entregue ao governo, a ABPA reforçou que a mortandade animal já é uma realidade devido à falta de ração e de espaço, em consequência da paralisação nos transportes.
(…)
Na Folha

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