O presidente do diretório estadual do PT de São Paulo, Emidio de Souza, protocolou na tarde desta terça-feira, 26, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma ação na qual reivindica o mandato da senadora Marta Suplicy (agora sem partido).
No requerimento, o PT aproveita para dar uma resposta política à senadora, que deixou o partido acusando a legenda de trair os ideais de sua fundação ao protagonizar seguidos escândalos de corrupção. O PT afirma que Marta decidiu deixar o partido não por divergências éticas ou programáticas mas por "ambição política" e "oportunismo eleitoral".
"Não passasse de demagogia mal disfarçada e os motivos contidos na carta de desfiliação da senadora seriam outros - ambição política, oportunismo eleitoral e personalismo desmedido", diz o texto.
O partido se ampara em entrevistas recentes, onde Marta afirma que a escolha de Fernando Haddad (PT) para disputar a prefeitura de São Paulo em 2012 foi a gota d'água para sua decisão de deixar o partido.
A ação do PT foi protocolada um dia antes de o STF julgar uma ação do procurador geral da República, Rodrigo Janot, sobre o mesmo assunto. Janot protocolou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em 2013 na qual alega que a regra da perda de mandato em casos de infidelidade partidária não deve ser aplicada para cargos majoritários. O caso está na pauta da sessão desta quarta-feira do Supremo.
(Com Estadão Conteúdo)
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