Virou um hábito. As panelas voltaram a soar no horário da transmissão do programa do PT em rede nacional de rádio e tevê. Os brasileiros fizeram barulho em pelo menos 14 Estados e no Distrito Federal. Toda essa algaravia diz muito sobre a situação a que chegou o petismo.
Os panelaços vieram para tocar no nervo exposto da anormalidade da vida normal do PT. Desde o mensalão, o partido tenta preservar a mistura da realidade corrupta escancarada nos processos com a ilusão limpinha das propagandas partidárias e eleitorais. O problema é que, aos pouquinhos, um lado foi contaminando o outro.
Com a descoberta do petrolão, o PT paga caro por negar o seu lado sujo. A pseudocegueira de Lula e Dilma, o braço erguido dos mensaleiros presos, o esquartejamento partidário da Petrobras, a conversão da Justiça Eleitoral em lavanderia de propinas… Emoldurado pela ruína econômica, todo esse cinismo custa caro ao PT.
Além de expor a doença do partido, os panelaços tiraram dos petistas a proteção do silêncio. Facilmente mobilizáveis, as panelas invadem a única realidade que o PT conhece: a ficção. Implacáveis, elas empurram o partido para dentro do inferno do real.
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