Brasilino Neto |
Dá para explicar?
Como se diz comumente, confesso não ‘ter estômago’ para acompanhar a (des)campanha política que se desenrola.
Isto porque os candidatos mais expostos Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves não disseram até hoje a que vieram, e o pior, agridem a consciência do brasileiro quando fazem seus discursos.
Limitam-se às agressões, palavrórios desconexos, promessas vãs e infundadas, que sabem que não cumprirão.
Mas o que me é mais nauseante é ver as sutilezas a que se propõem, especialmente quando descem de seus veículos para abraçar as pessoas como se fossem intimas.
Beijam criancinhas, fazem selfies, fotografias abraçadinhos com aqueles que se dispõem, por ainda lhes restar um fio de esperança, em ouvir ao menos uma frase ou projeto sério.
Marina, Dilma e Aécio, por favor, me respondam somente esta pergunta de forma franca: ‘Nos últimos quatro anos de suas vidas qual foi a vez que um de vocês parou o carro que ocupavam para cumprimentar um eleitor? Isto mesmo, um só eleitor?
Vocês hoje, com essa distribuição de beijos em criancinhas, em afagos às pessoas e a disposição em atender a todos que lhes ocorrem, chegam às raias da indecência. E isto não se dá somente com os concorrentes aos cargos majoritários, mas também de deputados e senador.
Vocês mesmos têm a certeza quanto à ignomínia de seus atos, pois se põem como misses sorrisos, misses amabilidades, e bem sabem que no dia seguinte à eleição não querem nem ver aquele que até o dia anterior paparicaram.
Sim, todos vocês que hoje agem assim, depois de eleitos, não querem nem saber de chegar perto do cidadão brasileiro, pois cercados de seguranças, nem um olhar lhes dirige, se cercarão de seguranças, andarão de carros em altas velocidades escoltados por batedores e com os vidros bem escuros para que sequer sejam vistos.
Sim, é desta forma que vocês agem anos e anos a fio e nós aqui, a cada quatro anos, vergonhosamente, nos sujeitando a isto. Mas quem sabe até 2514 tenhamos aprendido.
É, vou parar por aqui, pois a continuar, pela irritação que me causam por seus modos ignóbeis de tratar o brasileiro pode me levar a um destempero e me fazer ultrapassar os limites do equilíbrio, descambando para a indecência, a mesma que repugno o que não posso ou devo fazer, por não querer, no quesito, me nivelar com vocês.
Um comentário:
Brasa, nota "10". Tudo o que eu queria falar.
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