Na manhã deste domingo, a candidata Marina Silva (PSB), que chegou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais de 2014 com cerca de 20 milhões de votos, anunciou seu apoio "como cidadã" a Aécio Neves (PSDB), na disputa do segundo turno.
Carta enviada por Aécio Neves nesse sábado teve papel fundamental na decisão. Marina fez questão de ressaltar que interpretou a carta não como tentativa de atrair seu apoio, mas sim como "carta-compromisso endereçada ao povo brasileiro".
Além da convergência nas questões macroeconômicas, ela citou ainda pontos fundamentais de aproximação entre a plataforma tucana e a que ela defende, como compromissos de âmbito energético, educação, fim da reeleição e transformação do Bolsa Familia em direito e não em favor do estado. Ela voltou a demonstrar que os ataques da campanha petista deixaram marcas profundas.
Durante o anúncio, Marina mostrou dominar as técnicas do suspense. Ela caprichou no 'marinês' e conseguiu encaixar até uma citação ao sociólogo polonês Zygmunt Bauman, cujos livros a acompanharam na campanha presidencial.
O PSB, partido sexagenário que acolheu a candidatura de Marina depois da morte de seu líder Eduardo Campos, já havia declarado apoio ao candidato tucano, superando a oposição de integrantes da velha guarda partidária como Roberto Amaral. Marina lembrou ainda que seu partido, a Rede Sustentabilidade, cujo registro ainda está pendente, liberou para seus filiados o voto branco, nulo ou em Aécio Neves, excluindo apenas o apoio à presidente Dilma Rousseff (PT).
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