Publicado no Globo desta quinta-feira
Ricardo Noblat |
Êpa! Tem jeito de elefante, presa de elefante, tromba de elefante, mas o governo não admite que seja um elefante. O que será então?
Muita coisa se passou na Petrobras desde que se montou ali um esquema bilionário de desvio de recursos para enriquecer políticos que apoiam o governo e financiar campanhas – a de Dilma, inclusive.
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma auditoria para investigar o pagamento extra de mais de R$ 1 bilhão feito pela Petrobras ao governo boliviano. Tem a ver com a importação do gás boliviano pelo Brasil.
A grana entupiu o tesouro da Bolívia em plena campanha de Evo Morales, o presidente, candidato à reeleição. Por sinal, ele se reelegeu. Pela terceira vez. Aspira mudar a Constituição para poder se reeleger indefinidamente.
Qual o problema do pagamento extra?
Apenas o seguinte: a quantia foi paga a mais sem que nada estivesse previsto no contrato assinado pelos dois países para a compra do gás boliviano.
Quem autorizou o pagamento a mais?
O TCU quer saber.
Por que a Petrobras pagou o que não devia?
O TCU quer saber.
E por que o pagamento, inclusive, retroagiu a meses anteriores ao recebimento da grana pela Bolívia?
Calma. Devagar. O TCU quer saber.
A presidente Dilma sabia?
O TCU quer saber.
Quem sabe ela não se baseou numa parecer “falho” para concordar com o negócio?
Não foi assim no caso da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras? Pelo menos Dilma diz que foi assim.
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