quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Conta de luz aumenta hoje em 19 cidades da RMVale


Para Luzia dos Reis Silva, aumento vai trazer outros reajustes. Foto: Claudio Vieira

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou aumento de 20,60% para clientes residenciais e comércio (baixa tensão), que também inclui a iluminação pública, da concessionária EDP Bandeirante Energia, que atende 19 cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.
A tarifa aumentará mais para clientes industriais (alta tensão), que pagarão uma conta 23,78% mais cara.

O reajuste, que entra em vigor hoje, é o maior dos últimos dois anos, em razão da seca nos reservatórios de água e nas usinas hidrelétricas. Quem gasta R$ 100 por mês com luz em casa, por exemplo, passará a pagar R$ 120,60. Na indústria, uma conta de R$ 1.000 subirá para R$ 1.237,80.
Em 2013, o aumento foi de 6,85% (baixa tensão) e 4,50% (alta e média tensão). Em 2012, de 6,82% (baixa tensão) e 7,82% (alta e média).
Por meio de nota, a Aneel informou que “ao calcular o reajuste, a agência considera a variação de custos que a empresa teve no ano”.

Seca. Donato Silva, diretor de Regulação da EDP Bandeirante, disse que o reajuste visa restabelecer o equilíbrio financeiro da empresa, afetado pela seca do último verão, que obrigou a compra de energia elétrica de termelétricas, que cobram mais caro.
“Com as termelétricas, o gasto com a geração de energia ficou muito alto. A Aneel autorizou o repasse do custo passado e do futuro para a tarifa”, afirmou o executivo.
Segundo ele, apenas 0,87% do reajuste refere-se diretamente a custos operacionais da EDP Bandeirante e a remuneração de investimentos realizados. O maior percentual é motivado pela compra de energia, de 10,09%.
De cada R$ 100 cobrados numa conta, segundo Silva, a EDP ficará com R$ 18,60 e o pagamento de energia, com R$ 43,40. O restante é dividido em impostos (R$ 26,20), encargos setoriais (R$ 6,10) e custos de transmissão (R$ 5,70).

Inadimplência. O executivo admitiu que pode ocorrer um aumento na inadimplência e um novo reajuste extraordinário, caso o próximo verão também seja marcado por chuvas abaixo da média histórica.
“O aumento é autorizado uma vez por ano. O próximo será em outubro de 2015, mas pode ocorrer antes se a empresa pedir uma revisão extraordinária da tarifa, o que não deve acontecer”, explicou Silva.
Consumidores reclamaram do aumento. A diarista Luzia dos Reis Silva, de São José, disse que ele veio em um momento ruim. “Aceitar o aumento a gente não aceita, mas tem que pagar, porque depende da luz. Só que tudo vai ficando mais caro”, afirmou.

O Vale

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