João Vaccari Neto, bancário, tesoureiro do PT |
A Polícia Federal acredita ter conseguido fechar o ciclo de uma transação que teria envolvido o pagamento de propina de 500.000 reais a dois diretores do fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, feito com empresas do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010, e do doleiro Alberto Youssef – um dos alvos centrais da Operação Lava Jato – e que causou prejuízo de 13 milhões de reais ao órgão. No computador de Youssef, há uma pasta com doze arquivos referentes aos negócios do doleiro com a Petros.
O negócio teria sido intermediado, segundo suspeita a PF, pelo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e tratado diretamente com dois diretores da Petros – indicações petistas, entre eles o ex-presidente do fundo Luiz Carlos Fernandes Afonso (2011-2014).
A PF registra ainda a possível interferência de um político não identificado “de grande influência na casa” na liberação de um seguro, em órgão do Ministério da Fazenda, que era condicionante para a transação. “Esse recurso foi desviado para pagamento de propina a funcionários da Petros”, afirmou Carlos Alberto Pereira da Costa, advogado que atuava como testa de ferro de Alberto Youssef, segundo a PF.
Costa tinha em seu nome pelo menos duas empresas usadas pelo doleiro, uma delas envolvida nessa transação com a Petros, a CSA Project Finance. Ele afirmou ao juiz Sérgio Moro que na operação foi retirada uma propina de 500.000 que serviu para pagar os dois diretores da Petros.
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