Se quiser realmente promover a retomada do crescimento e recuperar a confiança dos investidores e dos empresários aqui e lá fora, a presidente reeleita Dilma Rousseff terá de promover uma mudança radical na política econômica praticada em seu primeiro mandato. Dilma terá de se reinventar e ser menos Dilma, com sua gestão ideológica da economia, e mais Aécio, com suas propostas mais afinadas com o mercado, como uma maior transparência nas contas públicas, o combate implacável contra a inflação e o corte de impostos. A questão é: será que Dilma, com sua personalidade forte e seu ativismo, vai mesmo mudar a sua personalidade e as suas crenças, para permitir que o Brasil saia do limbo em que se encontra por causa da política econômica que ela implementou com mão de ferro até agora? É ver para crer. Só o teste São Tomé poderá nos dar a resposta definitiva.
De minha parte, mesmo correndo o risco de ser chamado de pessimista ou catastrofista, acredito que é pouco provável que isso aconteça. Sinceramente, espero estar errado. Mas, pelo que Dilma mostrou de si própria desde que ganhou os holofotes pelas mãos do ex-presidente Lula, é difícil imaginar que, com o mesmo o cozinheiro, o cardápio econômico será diferente a partir de agora. Se até no dia da vitória, ela passou pito nos petistas exaltados que celebravam o resultado do pleito, como os brasileiros acompanharam pela TV, por que devemos acreditar que ela irá mudar a sua essência daqui para frente?
Nenhum comentário:
Postar um comentário