terça-feira, 24 de julho de 2018

Médica brasileira é metralhada na Nicarágua por paramilitares a serviço de Ortega



Do ponto de vista moral, o PT tem um cadáver sobre as costas: o da estudante de medicina Raynéia Gabrielle Lima, de 31 anos, uma brasileira que morava em Manágua, capital da Nicarágua. Ela foi assassinada pelos paramilitares brucutus que servem à ditadura de Daniel Ortega, cujo governo já matou quase 400 pessoas em três meses. A ditadura imposta por esse sanguinário, em companhia de sua mulher, Rosario Murillo, vice-presidente do país, em nada fica a dever àquela liderada pela família Somoza e que foi derrubada pela revolução sandinista de que Ortega foi um dos líderes, em 1979 e 1980. Já chego lá.

Raynéia já era residente em medicina. Segundo sua família, que mora em Pernambuco, ela não era militante política, limitando-se a atender a pessoas feridas nos confrontos entre os que lutam contra a ditadura e os militares e paramilitares que atiram para matar. A tortura se tornou uma rotina no país. A médica brasileira voltava para casa quando o seu carro foi metralhado, prática típica das milícias a serviço de Ortega. Os métodos a que ele recorre são os mesmos consagrados por Hugo Chávez e Nicolás Maduro, na Venezuela, mas com uma diferença: Ortega é ainda mais violento e está organizando uma cleptocracia familiar no país, daí que a comparação com a família Somoza seja absolutamente pertinente.

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