sexta-feira, 6 de julho de 2018

Ciesp e sindicato divergem sobre impacto de acordo entre Embraer e Boeing na cadeia aeronáutica


Embraer anunciou nesta quinta-feira (5) o acordo com a gigante norte americana Boeing (Foto: Embraer/Divulgação)

O Sindicato dos Metalúrgicos acredita que os fornecedores locais serão prejudicados porque serão trocados por empresas nos EUA. Já a Ciesp acredita em um cenário de mais oportunidades. Somente na região, 15 empresas têm atuação ligada à fabricante brasileira.

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, onde está instalada a sede da Embraer, divergem sobre futuro da cadeia aeronáutica da região após acordo com a norte americana Boeing. Para a Ciesp, o acordo pode beneficiar as fornecedoras porque cria um cenário de oportunidades de negócio mais ampla. Já o sindicato, acredita que fornecedores americanos é que serão mais favorecidos.

O acordo de intenções para formar uma joint venture (nova empresa) na área de aviação comercial foi anunciado nessa quinta-feira (5) pela Embraer e é avaliado em US$ 4,75 bilhões. Nos termos do acordo, a fabricante norte-americana de aeronaves deterá 80% do novo negócio e a Embraer, os 20% restantes.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, 15 empresas de São José dos Campos e, das vizinhas Jacareí e Caçapava, oferecem peças e componentes à produção da Embraer. Delas, três produzem partes da fuselagem dos aviões. Essas empresas, empregam cerca de mil trabalhadores.

O diretor regional do Ciesp, César Augusto Silva, afirma que a entidade sempre foi a favor da negociação entre as empresas e que acredita que, no geral, a cadeia de fornecedores da companhia no Vale do Paraíba será beneficiada.

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