quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Espionagem: Casa Branca não reconhece ilegalidade, aponta distorção do noticiário, mas diz que questionamentos são legítimos


A Casa Branca ficou longe de pedir desculpas ao Brasil por conta dos supostos atos de espionagem que teriam sido praticados pela NSA, a agência de segurança dos EUA. O governo americano afirma que reportagens a respeito distorceram os fatos, mas reconheceu que o Brasil faz questionamentos legítimos. Vejam o que vai no Portal G1.
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A Casa Branca disse nesta quarta-feira (11) que está empenhada em trabalhar com o Brasil para responder às preocupações sobre atividades da agência de inteligência americana, informou a agência de notícias Reuters. Ainda segundo a agência, a assessora-chefe de Segurança Nacional da Casa Branca, Susan Rice, se reuniu com o ministro de Relações Exteriores brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, e disse que algumas reportagens publicadas recentemente “distorceram nossas atividades”, mas que questões legítimas foram levantadas.

Figueiredo viajou para os Estados Unidos para, entre outros compromissos, se encontrar com Rice. De acordo com o Itamaraty, o tema da reunião foram as denúncias, divulgadas pelo Fantástico, de que a presidente Dilma Rousseff, assessores próximos e a Petrobras foram alvo das ações de espionagem dos EUA. No dia 6 de setembro, após encontro com o presidente dos EUA, Barack Obama, na Rússia, Dima disse que ele se comprometeu a dar explicações sobre as denúncias de espionagem dos EUA até esta quarta e que assumiu responsabilidade “direta e pessoal” sobre as investigações das ações de espionagem.

“Eu quero saber o que há. Se tem ou não tem, eu quero saber. Tem ou não tem? Além do que foi publicado pela imprensa, eu quero saber tudo que há em relação ao Brasil. Tudo. A palavra tudo é muito sintética. Ela abrange tudo. Tudinho. Em inglês, everything”, disse Dilma, em entrevista à imprensa na sexta (6), após reunir-se com Obama.

Dilma afirmou ter dito a Obama que a questão não era de “desculpas”, mas de uma solução rápida. A presidente também disse que a viagem dela para Washington, programada para outubro, vai depender das “condições políticas” que Obama criar.

Por Reinaldo Azevedo

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