Josias de Souza
Frasista exímio, o economista Delfim Netto disse certa vez: “se o governo comprar um circo, o anão começa a crescer.” Sob a lona do Ministério da Justiça, há um helicópetero do tipo Bell 412 que não sai do chão. Foi comprado em setembro de 2010, ainda sob Lula. Custou R$ 14 milhões.
Os repórteres João Valadares e Breno Fortes contam que a aeronave deveria ser usada em missões da Polícia Rodoviária Federal. Voou durante escassos oito meses, entre março e outubro de 2012, já sob Dilma. Desde então, não sai do hangar. Por quê? Falta um contrato de manutenção.
Além do dinheiro torrado no helicóptero, o governo investiu na formação de quatro pilotos. Enviou-os para os EUA. Treinaram por dois meses, entre maio e junho de 2010. Sem poder levantar voo, não tiveram como realizar os testes de renovação de licença exigidos pela Agência Nacional de Aviação.
Dos quatro pilotos, três estão com as licenças vencidas. Foram deslocados para o serviço burocrático da Polícia Rodoviária. A licença do quarto piloto expira no final deste mês de setembro. A Anac suspendeu também o Certificado de Aeronavegabilidade do helicóptero Bell. A inspeção anual da aeronave venceu em janeiro. Como se vê, o governo às vezes faz o pior o melhor que pode.
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