domingo, 15 de setembro de 2013

OS BRASILEIROS QUE SONHAM EM COLONIZAR MARTE


Imagens de simulação do projeto Mars-One que pretende levar pessoas para morar em Marte pelo resto de suas vidas

Mais de 200.000 pessoas de todo o mundo se inscreveram para fazer parte da equipe que vai colonizar Marte. O medo das condições que irão enfrentar, do isolamento e de tudo não passar de um golpe de marketing não é suficiente para fazê-los mudar de ideia. A vontade de entrar para a História é mais forte

Durante a era das grandes navegações, milhares de colonos europeus deixaram suas terras natais para conhecer, explorar e povoar um novo mundo. Era o começo do século XVI, e aqueles homens estavam dispostos a abrir mão de sua casa, família e segurança, para dar início a uma nova civilização na América, onde não sabiam que tipos de dificuldades iriam enfrentar — e de onde provavelmente nunca iriam voltar. Em busca de uma nova vida do outro lado do planeta, acabaram entrando para a História.

No século XXI, o espírito desbravador das grandes navegações ganha nova forma. O foco não é mais cruzar o Atlântico, mas o espaço sideral. Em vez de uma missão comandada por nobres e com uma tripulação de marinheiros experientes, a colonização de Marte pode ficar a cargo de uma empresa privada, comandada por executivos com senso de marketing e tripulada por participantes de um reality show. Esse é o plano da Mars One, empresa fundada pelo engenheiro holandês Bas Landsdorp, que pretende enviar 24 pessoas até o planeta a partir de 2023, numa viagem só de ida. Apesar de todo o descrédito com que o projeto foi recebido pela comunidade científica, mais de 200.000 voluntários se inscreveram para participar da missão — desses, 10.289 são brasileiros —, movidos basicamente pelo mesmo desejo que moveu os colonizadores antigos: o de entrar para a História.

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