Adriana Vandoni
Caxingó, localizada no litoral do Piauí, é a 2ª cidade do estado com o pior índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) e uma das 32 com o pior resultado no país. Apesar disso, foi uma das seis cidades brasileiras com IDH classificado como “muito baixo” que não aderiram ao programa Mais Médicos do governo federal. A ‘cubanização’ do Brasil.
A prefeita de Caxingó, do PT, disse que levar mais médicos custaria “caro” para as finanças do município. Além disso, diz que não há carência de profissionais, mas falta de estrutura e equipamentos para o atendimento na atenção básica. Para o secretário de saúde da cidade “o governo está dando com uma mão e tirando com as duas. [...] O governo pensa que é só colocar médico. Pegamos unidades completamente sucateadas. Não tinha nem balança. O problema não é médico. Não tem a infraestrutura”.
A cidade tem quatro médicos e três Unidades Básicas de Saúde (UBS), duas delas localizadas na zona rural. Cada equipe do Programa Saúde da Família (PSF) é composta por um médico da família, um enfermeiro, um técnico em enfermagem e três agentes comunitários de saúde, profissionais que se revezam no atendimento domiciliar e nas unidades.
Em Caxingó não há aparelhos para exames como eletrocardiograma, raio-X e ultrassonografias, e a espera por um desses exames pode durar até três meses. Nenhuma das unidades de saúde conta com leitos para internação, e os casos de média e alta complexidade são transferidos para o Hospital Regional Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, apoio para outras dez cidades. Apenas uma ambulância atende a população, já que a outra está sucateada. A prefeitura conta com dois veículos menores que auxiliam no transporte de pacientes.
Eu pergunto: de que adiantaria levar dez cubanos para Caxingó?
As informações são do G1 – leia aqui.
Semanas atrás uma médica comentou no Facebook, que em Várzea Grande (na grande Cuiabá), não é raro a autorização para grávidas fazerem ultrassonografia sair depois que a criança nasceu.
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