Josias de Souza
A julgar pelo último Ibope, Marina Silva revive na temporada pré-eleitoral de 2013 o mesmo mistério que cercou a atuação de Ronaldo na final da Copa de 1998, na França. Entre julho e setembro, Marina caiu de 22% para 16%. É como se o pedaço da arquibancada que a convertera em portento se perguntasse: o que houve com a Marina? O que justifica tanta apatia na hora em que mais se esperava dela?
Assim como no caso do Ronaldo, talvez jamais se descubra o que sucede com Marina. Mas o Ibope indica que a torcida esperava muito mais dela. A partida mal começou. A um ano e nove dias da eleição, ainda tem muito jogo pela frente. Mas na política, como no futebol, quem não faz leva. E Marina, por ora, joga por um partido.
Dilma Rousseff ainda não voltou a ser o portento que era no início do ano. Mas enquanto Marina, ainda na segunda coloca já abre 22 pontos em relação a Marina, ainda na segunda posição. No intervalo de dois meses, escalou oito pontos no Ibope —de 30% foi a 38%.
Somando-se os percentuais de todos os adversários —Marina (16%), Aécio Neves (11%) e Eduardo Campos (4%)— chega-se a 31%, sete pontos abaixo da taxa atribuída a Dilma. Quer dizer: se a eleição fosse hoje, Dilma talvez prevalecesse no primeiro turno. O “talvez” se justifica porque o Ibope informa que o índice de eleitores que ainda não optaram por nenhum dos candidatos é alta, muito alta, altíssima: 31%.
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