O Globo
Em Pernambuco, há 1.173 mortos que custaram R$ 10,8 milhões aos cofres
públicos em apenas um ano. Eles constam em folhas de pagamento de repartições
estaduais nas prefeituras de 169 dos 184 municípios do estado, e ainda em 150
câmaras municipais.
É o que mostra uma pesquisa feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) que
comprovou outras distorções, como a de um servidor que tem 14 vínculos com
órgãos públicos nas duas esferas de poder. Foi o recorde entre os abusos
encontrados no levantamento feito entre 2010 e 2011.
Os nomes dos personagens e dos municípios onde há a maior quantidade de
irregularidades não foram divulgados pelo TCE. Segundo a chefe de Gerência de
Auditorias de Tecnologia de Informação do TCE, Regina Ximenes, os responsáveis
estão sendo notificados; alguns já apresentaram suas defesas.
Regina informou ter encontrado frequentemente servidores com cinco vínculos,
quando a legislação limita essa participação a dois, nas áreas de Educação e
Saúde, e no caso de não haver superposição de horários.
Há outras curiosidades, como servidores na ativa com idades entre 80 e 90
anos. Há ainda flagrantes desrespeitos à legislação, com servidores que ganham
menos de um salário mínimo. Em pelo menos 130 prefeituras, há 13.670
funcionários que não recebem o vencimento de R$ 545 a que têm direito. Entre os
professores, também há desrespeito à lei: 49.429 recebem remuneração abaixo do
piso nas prefeituras.
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