O Globo
Após concluir o mutirão carcerário em São Paulo, Estado que concentra o maior
número de detentos do Brasil, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contabiliza,
em todo o país, 36.318 presos que saíram da cadeia pois tiveram seu direito à
liberdade reconhecido.
Ao todo, o CNJ já analisou 408.894 processos, dos quais 76.331 em São Paulo.
No Brasil, o mutirão permitiu que 9% dos réus em processos analisados deixassem
a prisão.
No Estado, o mutirão reconheceu a liberdade de 2,3 mil pessoas, sendo que 400
delas já tinham cumprido suas penas e, mesmo assim, continuavam atrás das
grades.
O mutirão de São Paulo ocorreu ao longo de três meses e foi o antepenúltimo
que será feito no país, restando ainda os resultados de Rio de Janeiro, cujo
levantamento já foi concluído, e de Sergipe, que deve começar em 2012.
Em São Paulo, os juízes que atuaram no mutirão constaram os problemas típicos
do sistema carcerário brasileiro: superlotação, insalubridade e atendimento
médico precário.
- Você sabe o que é uma pessoa estar presa ilegalmente? Sofrendo um dano
irreparável. Não há nada, nem dinheiro, nem outra medida qualquer concebível,
pela mente, pelo espírito, capaz de reparar o que uma pessoa sofre numa prisão
ilegal, (ainda mais) nas condições do sistema carcerário brasileiro - afirmou
Peluso.
Um comentário:
Nós merecemos mesmo este presentão, pois o ano todo fomos brindados contra a segurança.
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