Tito Botelho Martins, presidente da Inco, subsidiária da Vale no Canadá, vai substituir Roger Agnelli na presidência da Vale, a maior empresa privada do Brasil.
Agnelli fez na semana passada seu primeiro comentário público sobre as especulações a respeito de sua possível saída do cargo por conta de pressões políticas. Em nota oficial divulgada pela assessoria da empresa, o executivo afirmou que "a decisão sobre a escolha do diretor-presidente da Vale compete exclusivamente aos acionistas controladores da empresa."
Ações atribuídas à Vale no setor de ferrovias irritaram o governo federal, que decidiu endurecer o jogo contra a empresa, acusada de atrasar o desenvolvimento do transporte de carga no país. A empresa tem a concessão (com subsidiárias) de 11,5 mil quilômetros da malha ferroviária do país, que é de 28 mil quilômetros, controlando os trechos que levam aos principais portos do Brasil.
Quase toda a malha do país é controlada por três grupos: Vale, CSN e ALL. Para o governo, os dois primeiros, que têm 55% da malha, usam as linhas para beneficiar seus próprios negócios em mineração e siderurgia: cobram caro pelo frete e criam dificuldades para o uso das linhas.
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