terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A CONSTRUÇÃO DO MITO LULA

Presidente deixa o poder após oito anos como fenômeno político, apesar de seu governo pouco ter avançado em áreas fundamentais da administração, como educação, saúde, saneamento, infraestrutura, reforma agrária e sem ter feito as reformas políticas, previdenciária, trabalhista e sindical.


A 13 dias de deixar o Planalto, o presidente Lula exibe uma inédita popularidade na História da República. Seu governo foi marcado por um avanço sem precedentes na educação do país; na saúde, ele consolidou o SUS, deixa serviços de qualidade para a população e uma gestão mais eficiente dos recursos; como se esperava de um governo de esquerda, Lula universalizou o saneamento básico; da mesma forma, cumpriu a promessa histórica do PT e fez a reforma agrária; na área da infraestrutura, deixa aeroportos novos, estradas duplicadas e portos desburocratizados; além disso, usou a sua ampla maioria no Congresso para avançar na reforma política e na atualização da legislação previdenciária, das relações trabalhistas e sindicais.

Infelizmente, nenhuma das afirmações anteriores é verdadeira — com exceção da estratosférica popularidade de Lula. Mas como podem conviver um presidente bom e um governo ruim? Só a estabilidade econômica (herdada do governo anterior) explica isso? Seria o Bolsa Família? Ou é tudo fruto do carisma pessoal do ex-operário, com quem o povo brasileiro se identifica?

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