terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Rejeição da Venezuela a embaixador terá consequências, dizem EUA

'Avisamos que a negativa teria um impacto nas relações', disse porta-voz.
No sábado, Chávez disse que novo embaixador não entrará no país.

Chávez exibe uma versão da bolso da Constituição venezuelana durante discurso nesta segunda (20), em Caracas
A decisão da Venezuela de rejeitar o novo embaixador dos Estados Unidos, Larry Palmer, "trará consequências" nas relações bilaterais, advertiu nesta segunda-feira (20) o porta-voz do departamento americano de Estado, Philip Crowley.

"Deixamos claro à Venezuela que este tipo de ação teria consequências. Discutimos este tema com as autoridades venezuelanas por meses e avisamos que a negativa teria um impacto nas relações", destacou Crowley.

"Esperávamos que a Venezuela não fizesse isto, mas diante do passo que deu (...) avaliaremos o que fazer".

Segundo o porta-voz, o governo de Barack Obama não pretende nomear um substituto para Palmer, que ainda não foi ratificado pelo Senado americano.

"Precisamente porque há tensão na relação, é importante manter comunicações diplomáticas do mais alto nível". Palmer tem "uma combinação de habilidade, sabedoria e experiência para representar nossa Nação em Caracas", destacou Crowley.

'Não entra'

O presidente Hugo Chávez afirmou no sábado que não permitirá a entrada no país do embaixador designado pelos Estados Unidos, a quem acusou de "desrespeitar" seu governo.

"O senhor Palmer aqui não entra", afirmou Chávez em uma reunião do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que ele preside, transmitida pelo canal estatal VTV.

O presidente venezuelano explicou que já comunicou por escrito ao governo dos Estados Unidos a posição de Caracas.

Chávez fez referência a respostas de Palmer a um questionário durante o processo de ratificação no Senado, nas quais afirmou que na Venezuela existe presença das guerrilhas colombianas e que as Forças Armadas sofrem influência cubana e têm moral baixo.

A decisão de rejeitar Palmer é "irrevogável", afirmou a chancelaria venezuelana no sábado.

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