segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Silêncio de Dilma diante de escárnios não é bom

A presidente eleita Dilma Rousseff tem a seu favor a elegância de entender o momento de despedida do seu padrinho e brevemente antecessor, Luis Inácio Lula da Silva. Quem sabe não será essa a explicação para ela se reservar, aparecer pouco e falar menos ainda?

Alerta-se, no entanto, que, em momentos especiais em que a responsabilidade do primeiro mandatário da Nação é 100% de quem ocupa o cargo, o silêncio é perigoso.

Eu me refiro ao silêncio diante da imoralidade praticada pelo deputado Pedro Novais (PMDB-MA) e, segundo ele, por um assessor que pagou com dinheiro da Câmara uma noitada no motel de São Luís. Ninguém se importa o que faça ou não um senhor de 80 anos num quarto de motel, o que não pode é repassar a conta para o contribuinte.

A presidente Dilma até o momento mantém no cargo de ministro do Turismo um senhor que não tem mais condições políticas de prosseguir. Se ficar vai ser encurralado todos os dias.

Se não bastasse, a presidente Dilma também nada diz do procedimento da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), futura ministra da Pesca, de requerer R$ 4.606 referentes a diárias no hotel San Marco, em Brasília, onde diz ter ficado durante todo este ano. Detalhe, ela recebe a parte R$ 3.800 de ajuda moradia.

O que fica é que embolsar R$ 3.800 não foi suficiente, então some a este valor R$ 4.606 e aí a conta fecha fácil. Nada mal para um ano em que Salvatti perdeu a eleição em seu estado.

A presidente Dilma Rousseff não pode tolerar desvio de conduta. Fale, presidente, não deixe ficar como está.
 
Por Sidney Rezende

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