quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cortar ciência e tecnologia e educação é cortar futuro

O orçamento de 2011 não está realista. Um dos truques conhecidos do Congresso é aumentar previsão de receitas, criando verbas extraordinárias, sem garantias. Outro truque é aumentar a previsão de crescimento. Eles estão prevendo crescimento de 5,5%. Em geral, os economistas estão prevendo crescimento entre 4% e 4,5% no ano que vem. Quando eles colocam crescimento de 5,5%, então a previsão é de aumento de arrecadação.

O corte de R$ 3 bilhões é no lugar errado. Cortar ciência e tecnologia e educação é cortar futuro. Além disso, o cálculo é que R$ 25 bilhões são de excessiva receita calculada por eles. É uma peça de ficção. O triste disso é que o parlamento foi constituído na história da humanidade com a principal função de analisar para onde e vai o dinheiro, ou seja, o orçamento. Quando o parlamento brasileiro faz essa peça de ficção, perde sua principal função, que é organizar o gasto público.

Grande parte desse investimento de R$ 171 bilhões é investimento estatal. Não é investimento do governo. Ele continua investindo menos de 1% do PIB. Em compensação, as despesas de custeio crescem o tempo todo.
 
Por Miriam Leitão

Nenhum comentário: