sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O Fim da Era Lula



Mensalão: demora nos julgamentos aumentou sensação de impunidade

Foto: Montagem
Durante uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre o banqueiro Daniel Dantas, em 2008, descobriu-se que o Banco Opportunity teria sido a principal fonte de recursos do mensalão, através da gestão de Daniel Dantas pela Brasil Telecom, controladora da Telemig e da Amazonia Telecom, que teriam injetado R$ 127 milhões nas contas da DNA Propaganda, administrada por Marcos Valério, que alimentava esquema de pagamento ilegal.

Com o aparecimento de documentos, o PT disse que não houve esquema de propina, e sim empréstimos não declarados feitos pelo então tesoureiro Delúbio Soares, que nega. Delúbio continuou no cargo com o aval do então Presidente do PT, José Genoíno. Mas acabou pedindo afastamento do cargo logo em seguida.

Quarenta nomes foram denunciados pelo Procurador Geral da República em 2006. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve começar o julgamento dos 38 réus envolvidos no suposto esquema de compra de votos de parlamentares no final do ano que vem.

O problema da demora no julgamento, segundo Ismael, é do foro privilegiado.

Ele diz que os políticos só podem responder algum processo no STF, e isso torna mais lento, pois o Supremo tem muitas demandas, e fica sobrecarregado, já que esses processos levam muito tempo e envolvem muita pessoas. "O processo deveria ser na justiça comum, porque iria ser mais rápido. O foro deveria ser revisto, pois ele ajuda no retardo e no esquecimento dos casos. Perde-se força na opinião pública.

Escândalos que marcaram o governo

O governo Lula também foi marcado por outros escândalos, como as denúncias de corrupção na Prefeitura de Santo André (administrada por Celso Daniel, morto em 2002 por motivos não esclarecidos), o dos bingos (2004) e do Correios (2005), o esquema do Plano Safra Legal, o do Banco do Brasil, a suposta doação de dólares de Cuba para a campanha de Lula, o escândalo dos fundos de pensão e a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo, que levou a renúncia do então ministro da Fazenda, Antônio Palocci (PT-SP).

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